O amor é paciente, é benigno; o amor não arde em ciúmes, não se ufana, não se ensorbece, não se conduz inconvenientemente, não procura seus interesses, não se exaspera, não se ressente do mal, não se alegra com a injustiça, mas regozija-se com a verdade, tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta.
O trecho introdutório fala de um amor de atitudes, esta passagem é bastante maravilhosa e encontra-se no livro de coríntios, o titulo da mesma é “ o amor é dom supremo”. Quando raciocínio sobre o texto de coríntios fico a pensar o quanto o amor é abrangente e o quanto é difícil exerce-lo, e olhe que incluo as pessoas que amamos, além de nossos próximos. Sem duvida exercer o respeito, a paciência, a ausência de ciúmes é uma tarefa árdua e difícil. No nosso dia-dia encontramos isso de uma forma mais ampla e complexa com aqueles que convivem diariamente conosco: nossa família, nossos amigos de trabalho, nossos relacionamentos e em outras e quaisquer situações em que estreitamos as relações. As vezes nos damos conta o quanto poderíamos ser melhores em nossas relações quando somente deixamos de ter o contato físico, o contato do olhar, de sentir a presença propriamente dita! As vezes precisa a morte chegar defronte a nossa Iris para enxergamos o que poderíamos ter feito, ou o poder da saudade de nos entregar uma passagem de ida e sem volta para algum lugar longe de você! Como seres humanos só enxergamos que poderíamos melhorar nossas convivências e porque não dizer o caminho de nossas vidas quando perdemos! Eu particularmente penso que nada em nossas vidas ocorre por acaso nem jogos de dados viciados, a perda de fato ocorre para melhorarmos, crescermos e amadurecer uma esperança que de certa forma ali nasce, e que deseja frutificar em nosso futuro, e essa decisão está em nossas mãos! Vejo a família como puro exercício de amar, e nossos pais são o exercício constante para nossas vidas, pois as situações de cuidado, paciência, benignidade mudam com o tempo e sua direção se inverte. Uma hora nossos pais cuidam de nossas pessoinhas e vidas, somos pequenos frágeis, e tem hora que isso se inverte. Nesse processo existe um tempo que esta relação não é bem definida, e acho que vem a tona lá pela casa dos 20 aos 35 anos, nós jovens sentimos cada vez mais cobrança por um mundo de conquistas, estamos numa corrida em que o pódio não significa vitória mas que o próximo passo vai ser mais exigente. Diante dessa correria existe um choque de valores, atitudes, paciência em relação aos fatos,as vezes vamos mais profundos, gerando até uma contestação de valores de vida de filhos para com pais e de pais para com filhos! Eu como filho já pensei diversas vezes como é que meu pai fez isso ou aquilo, e ai esqueço que antes dele ser meu pai, ele é ser humano! E quantas vezes o contrario ocorre! O tempo sempre nos permite uma reflexão sobre nossas vidas e de como nossas relações, seja como filhos, pais, marido, esposas, ou amigos de trabalho. Não precisa a saudade chegar quando perdemos alguém para outro lugar, não precisa um relacionamento acabar para o respeito esvaecer, ou que mudanças não são necessárias em nossos caminhos. Não é preciso que a morte de uma pessoa querida bata a porta de nossas vidas para refletirmos sobre o amor que poderíamos ter dado e consumado a mais.
Não nos deixemos sermos invadidos por valores mundanos e de valores que as vezes são necessários de certa forma mas de forma alguma suficientes! O nosso tempo é contado diferente e não volta. Quando pensar em ligar pra dizer o quanto gosta, ligue! Quando tiver vontade de dar um xero, dê dez e seu coração pulará por ter dado mais que a lógica!quando receber uma bronca de seus pais, lembre-se quem na terra se preocupa mais com você? Quando estiver pensando em ganhar mais dinheiro, pense que quem está ao seu lado quer apenas atenção e que você olhe com carinho nos olhos!
Fica o gosto, ficam as fotos, ficam as lembranças, fica o abraço apertado!